Patologias

O que é o Glaucoma?

O Glaucoma é uma doença ocular crónica e progressiva, assintomática, sendo uma das principais causas de cegueira a nível mundial. 

Nesta patologia a perda da visão é uma consequência da destruição progressiva do nervo óptico, constituído por fibras que são os responsáveis pela condução das imagens ao cérebro. A destruição destas fibras leva à diminuição progressiva do campo visual que se vai contraindo, tornando-se tubular até chegar à cegueira. O diagnóstico precoce da doença é fundamental.

Quais são os sintomas de Glaucoma?

Na maioria dos casos o glaucoma é assintomático até às fases mais avançadas da doença. Nessa altura, o campo visual vai-se tornando progressivamente tubular e a pessoa começa a ter limitações na sua atividade diária normal. Por exemplo, na condução a pessoa tem de movimentar a cabeça e os olhos para encontrar os objetos que procura, deixando de ter uma normal visão periférica.

Fatores de risco para o Glaucoma

  • Hipertensão ocular - No glaucoma existe um aumento da tensão ocular que leva à destruição e lesão das fibras do nervo óptico. A tensão ocular aumenta porque o líquido que circula dentro do olho (chamado humor aquoso) se acumula, seja por aumento da sua produção ou por diminuição da sua drenagem. Este último aspeto ocorre por bloqueio de estreitos canais localizados no interior do olho (malha trabecular). Assim, a acumulação deste líquido dentro do olho leva ao aumento da pressão e a consequente lesão do nervo óptico. 
  • História familiar de glaucoma;
  • Diabetes e Hipertensão arterial;
  • Miopia;
  • Apneia do sono;
  • Indivíduos de raça negra e asiática.

Tipos de Glaucoma

Glaucoma de ângulo aberto

É a forma mais frequente de Glaucoma (90%) e aparece habitualmente depois dos 40 anos de idade. Resulta da diminuição de drenagem do humor aquoso, através dos estreitos canais do trabéculo, o que leva a um aumento de tensão ocular.

Glaucoma de ângulo fechado

É uma forma mais rara e grave do Glaucoma. Constitui uma urgência oftalmológica. Nesta patologia, a íris bloqueia os canais de drenagem do humor aquoso, provocando o aumento súbito de tensão ocular, acompanhado de dor ocular intensa e visão turva. Pode cursar com dor de cabeça, náuseas e vómitos.

Glaucoma congênito, juvenil

Existem vários tipos de Glaucoma que podem ocorrer ao nascimento e na juventude.

Glaucoma secundário

Outros glaucomas secundários associam-se a um traumatismo, pós-cirurgia ou a doenças (diabetes e inflamação ocular), bem como após de determinadas terapêuticas, nomeadamente corticoides ou antidepressivos.

Diagnóstico e tratamento 

A melhor forma de tratar o glaucoma é através do seu diagnóstico precoce, daí a importância de consulta regular de Oftalmologia, principalmente após os 40 anos de idade.

Os principais exames aconselhados e que podem ser realizados no Instituto Português de Retina são: 

  • A medição da tensão ocular;
  • Exame do fundo ocular (para visualização do nervo óptico e deteção de sinais de lesão);
  • Gonioscopia (para estudo do ângulo camerular e classificação do glaucoma ângulo aberto / fechado). 

Se necessário poderão ser realizados exames complementares estruturais e funcionais, nomeadamente: 

  • Perimetria estática computorizada (para estudar o campo visual); 
  • Scan laser polarimetria (Gdx);
  • Tomografia de coerência óptica (para o estudo do nervo óptico e camada de fibras nervosas, designado por OCT);
  • Paquimetria (avaliar a espessura da córnea).

O tratamento do Glaucoma tem como objetivo travar a lesão progressiva do nervo ótico o mais precocemente possível, tendo em consideração que as lesões são irreversíveis. Poderá ser: 

  • Médico - com gotas ou comprimidos para reduzir a produção do humor aquoso ou aumentar o seu escoamento através do ângulo camerular.
  • Com Laser: 
         - Trabeculoplastia: usada normalmente no Glaucoma de ângulo aberto, quando a terapêutica médica não é eficaz. Altera estruturalmente a anatomia do ângulo, otimizando a drenagem do humor aquoso;
         - Iridotomia: usada no Glaucoma de ângulo fechado. Origina um orifício na íris, contrariando o bloqueio provocado pela mesma, ao nível do ângulo camerular;
  • Tratamento cirúrgico - usado normalmente quando o tratamento médico e Laser falham. Existem várias técnicas, sendo a trabeculectomia a mais frequentemente usada. Neste procedimento, estabelece-se uma comunicação do interior do olho para um espaço debaixo da conjuntiva, de forma a desviar o humor aquoso e, assim, reduzir a tensão ocular e controlar a evolução da doença.
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