Patologias

Epidemiologia da Diabetes Mellitus

A Diabetes Mellitus é a epidemia global do século XXI. Atinge mais de 382 milhões de pessoas em todo o mundo, o que corresponde a 8,3% da população mundial. Estima-se que em 2035, o número de pessoas com diabetes, a nível mundial, atinja os 592 milhões, o que representa um aumento de 55% em relação à população atualmente atingida pela doença.

De acordo com o Observatório Nacional da Diabetes, a prevalência estimada da Diabetes Mellitus, em pessoas com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos (7,7 milhões de indivíduos) é de 13,1%, o que corresponde a mais de 1 milhão de portugueses neste grupo etário. Destes, cerca de 400 mil não estão diagnosticados.

Epidemiologia da Retinopatia Diabética

A Retinopatia Diabética é a principal causa de cegueira evitável na população ativa. Estima-se que os diabéticos tenham uma probabilidade de cegar 25 vezes superior à da população em geral. O grupo RETINODIAB (Associação Protectora dos Diabéticos) com base na análise do programa de rastreio implementado na região de Lisboa e Vale do Tejo, procedeu à avaliação da prevalência da RD em doentes com Diabetes Mellitus tipo 2. Globalmente, a RD foi detetada em 16,3%. Destes doentes, 971 doentes tiveram RD Proliferativa, exigindo referenciação urgente para uma consulta da especialidade. Setecentos e trinta e dois doentes (1,4%) foram classificados com EMD.

O que é a Retinopatia Diabética?

A Retinopatia Diabética consiste numa complicação importante da Diabetes Mellitus. Ocorre quando os vasos sanguíneos na retina perdem a sua integridade estrutural o que condiciona exsudação plasmática para o meio extracelular, deixando parte da retina sem a adequada circulação sanguínea. O Edema Macular Diabético é uma das complicações major, sendo responsável pela maioria dos casos de Retinopatia Diabética com perda visual associada. Associa-se à presença de líquido acumulado na área central da retina (mácula).

Diabetes Mellitus e Retinopatia Diabética. Epidemia Global do Séc.XXI. Prof. Dr Marco Dutra Medeiros

Quais são os sintomas?

Esta patologia evolui quase sempre sem sintomas visuais, que podem surgir apenas em fases muito avançadas da doença. Noutras situações, a doença pode começar com uma hemorragia intraocular aguda, sendo o primeiro sintoma o aparecimento espontâneo de manchas que obscurecem parcial ou totalmente a visão. Identificar os doentes de risco, permitindo-lhes que sejam submetidos a intervenções terapêuticas, de forma atempada, representa o desafio mais importante para todos os profissionais de saúde envolvidos.

Como se trata a Retinopatia Diabética?

A perda de visão por Retinopatia DIabética diminui significativamente com a deteção precoce e a intervenção imediata. A maioria dos doentes apenas precisam de realizar observações oftalmológicas regulares, de forma semestral ou anual. Noutros casos, é necessário injetar medicamentos intravítreos (anti-VEGF e corticoides) e aplicar Laser seletivamente nos vasos anormais da retina para reduzir o edema macular e as áreas isquêmicas (sem suprimento de sangue) de forma a prevenir-se a progressão da doença. Nos casos mais avançados, com hemorragia intravítrea (intraocular) e/ou descolamento tracional da retina, é necessário proceder-se a uma microcirurgia intraocular (vitrectomia).

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